Planejamento e princípios de qualidade aplicados aos serviços de saúde


     Existem 3 níveis de planejamento de uma instituição. O primeiro deles é o estratégico e consiste no nível mais alto. Por meio desse, há a definição e molde de toda a atividade a ser executada. Já no nível tático, de posicionamento intermediário, há o desdobramento das visões e metas a serem executadas, de forma a dividir em setores e unidades as principais ações a curto e médio prazo.  A gerência orçamentária, por exemplo, é prática do nível tático e deve ocorrer de forma sincronizada com outros ramos do serviço! O nível operacional, por sua vez, se refere a grupos ou indivíduos e suas funções. Dessa forma, cada colaborador executa atividades auxiliando a liderança a atingir as metas e visões previamente definidas. Nesse contexto, há a atuação do médico como colaborador na gestão de qualidade, prestando função assistencial e planejando atendimentos juntamente com toda a equipe!Para isso, toda organização deve ter valores, missão e visão. Esses são princípios básicos para orientar as atividades da organização!


Após a definição dos valores, missão e visão e após também a execução dos três níveis de planejamento, a organização segue rumo a uma gestão de qualidade! Mas o que seria qualidade? Essa, é uma propriedade que determina grau positivo ou negativo de excelência, em que se mede a otimização das estratégias de gerência! Assim, leva em conta a redução de custos, grau de precisão e certo padrão nas atividades executadas!  A gestão de qualidade na saúde teve maior foco a partir da criação da ONA, nos anos 2000. Mais detalhes sobre esse tema você pode encontrar nesse outro post do nosso blog: Clique aqui! 

Assim, existem hoje ferramentas de gestão, os quais o profissional médico pode entrar em contato durante atuação! Dentre essas ferramentas, estão a Folha de Verificação, por exemplo. Através dessa, há coleta de dados e a possibilidade de percepção da realidade e interpretação da circunstancia em que a organização se encontra. Assim, facilita o entendimento de problemas que possam estar ocorrendo no setor, orientando a tomada de decisões! O Diagrama de Pareto, por sua vez, consiste em um tipo de gráfico de análise, que dispõe itens em gráfico de barras na vertical. Objetiva a tomada de decisões com prioridades, a partir de uma abordagem estatística. Já o Diagrama de causa e efeito, também chamado de diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe é uma ferramenta de representação gráfica que também pode orientar as atividades do gestor.
                
A matriz GUT, por sua vez, prioriza problemas e analisa riscos. Assim, promove o foco da atenção para os problemas mais relevantes, em que são analisados sob aspectos da Gravidade, Urgência e Tendência.
                
     A matriz SWOT ou FOFA (força, fraqueza, oportunidade e ameaça) é também outra ferramenta de analise, porém retrata ambiente externo e interno. A partir da aplicação dessa, o gestor identifica os colaboradores e complicadores da gestão! Assim, modela ações a partir da situação traçada. Já o 5W3H se mostra como ferramenta de ação, em que permite ao gestor resolução de problemas da melhor forma possível.  O 5S, por sua vez, é uma ferramenta de cultura organizacional, sendo Seiri (utilização), Seiton (ordenação), Seisou (limpeza), Seiketsu (saúde) e Shitsuke (disciplina). 



Ferramenta de gestão 5S

    Por fim, o PDCA como outra ferramenta de gestão, colabora com a melhoria contínua da organização do serviço, sendo as iniciais plan, action, check e do.
Referências:

Bonato VL. Gestão de qualidade em saúde: melhorando assistência ao cliente. Mundo Saúde. São Paulo (SP): 2011 Mai; 35(5):319-31. 

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